A tecnologia, sempre ela, causa uma estranheza e até um certo medo com os primeiros contatos, mas depois acabamos habituados e nem lembramos de como era a vida antes da inovação.
Alguns de vocês devem se lembrar de como foi o lançamento dos cartões de débito, o que nós dizíamos na época “eu não gosto desse cartãozinho, prefiro dinheiro de verdade”. Pois bem, gostaria de saber qual é o leitor que possui uma alta quantia em notas hoje na carteira.
A bola da vez está nas mãos dos Bancos Digitais, e assim como quase tudo na era da tecnologia – passando pelo Uber e chegando até os aplicativos para encomendar o seu jantar – eles também levantam suspeitas.
A pergunta principal é: os Bancos Digitais são seguros? Se sim, quais são as ferramentas que protegem o meu investimento? Vamos conversar sobre isso e temos certeza de que você terminará esse artigo com ótimas reflexões sobre o assunto. Boa leitura!
Vamos responder essa pergunta com uma breve história. Em maio de 2008 foi inaugurado em São Paulo o metrô da Via Quatro, a chamada Linha Amarela. Na capital que mais utiliza metrô no país. Sua particularidade? Ele era o único metrô sem um condutor dentro do trem.
Se o leitor é de São Paulo deve se lembrar como isso causava curiosidade e espanto. Na época era possível ouvir “quando der falha, vai ser horrível sem uma pessoa para controlar a situação”. Dez anos depois, o metrô da Via Quatro é o que menos apresenta problemas e o que os resolve da maneira mais eficaz. Como? Eles apostam todas as fichas em tecnologia.
Agora vamos levantar uma simples questão. Se o banco escolhido também investe todas as suas fichas em segurança da rede, desenvolvimento dos aplicativos e melhora na comunicação através dos chats e telefone, você precisa mesmo ir a uma agência?
É bem verdade que a presença de uma agência, o contato direto com o gerente, garantem uma sensação de conforto extra. Mas se você analisar a fundo, verá que essa sensação é puramente reflexo do hábito.
Uma vez que os Bancos digitais também possuem seus canais de comunicação e a empresa responsável por eles disponibiliza diversos meios para que você entre em contato, não é preciso se preocupar com um cafezinho e um aperto de mão.
Isso sem mencionar que para operar no Brasil, o Banco digital deve obedecer a uma série de requisitos e são monitorados de perto pelo Banco Central. Exatamente como uma agência bancária comum.
Agora vamos analisar a tecnologia como um todo. Qual é o produto vendido por um Banco Digital? Praticidade. Essa é a grande promessa deles e dos chamados Fintech (Finance and Technology, termo empregado nas inovações voltadas para o mundo financeiro).
Mas praticidade sozinha não quer dizer nada. Você não vai por um caminho mais curto se ele for inseguro, portanto, todo o mercado Fintech investe pesado em segurança.
Em março deste ano o The Wall Street Journal fez uma entrevista interessantíssima sobre o tema com 3 dos mais respeitados nomes em segurança digital nos Estados Unidos. Uma descoberta? A sua loja online preferida é substancialmente mais insegura do que os aplicativos dos Bancos digitais.
Qual é a mensagem? Que os bancos digitais sofrem o “trauma do avião”. Nós nos lembramos muito mais dos casos raros em que um sistema é invadido do que do perigo cotidiano que corremos ao entrar em um site e fazer compras de itens básicos.
Evoluir é preciso. Se algo pode ser ensinado sobre tecnologia é que virar as costas para ela, tentar ignorá-la ou esperar que “a moda passe” são receitas certas para o fracasso. Não é por menos que a Kodak sofreu tanto, e não é por menos que as revistas impressas estão sofrendo hoje.
Para garantir que você possa aproveitar as inovações tecnológicas sem expor a sua empresa e os seus investimentos, nós vamos passar um pequeno guia de boas práticas:
Mantenha seus aplicativos atualizados
O mesmo vale para os sistemas operacionais, antivírus, firewall e até mesmo os navegadores e programas do uso diário.
Muitas vezes os usuários fazem reclamações como “meu computador passou horas atualizando e não mudou absolutamente nada”. Puro engano.
É bem verdade que poucas mudanças são no sentido estético, funcional. Sabe qual é a causa? Todas elas são focadas em segurança e manutenção dos dados.
Segurança online é um assunto sério e deve ser tratado como tal. Nada de pedir ao sobrinho ou perguntar se o filho de alguém sabe “mexer em programação”.
Na hora de decidir sobre os sistemas de segurança é preciso entrar em contato com empresas sérias e que tenham expertise no assunto.
Dica óbvia, mas é que sempre bom relembrar. Não existem motivos para contratar um serviço se ele não está sendo prestado com eficiência. Portanto, antes de confiar em um banco, use todas as ferramentas de pesquisa que estiverem à disposição.
Por fim, vale lembrar que a tecnologia está sempre a serviço da inovação. É impossível prosperar sem o auxilio dos avanços tecnológicos. Isso porque o concorrente certamente estará utilizando a nova ferramenta enquanto a sua empresa fica trancada esperando a senha ser chamada em um banco.
Vale salientar que o nosso artigo não tem como objetivo fazer com que você largue o seu banco e corra para um Banco Digital. O nosso intuito é provocá-lo e garantir que você exija sempre o melhor serviço.
Afinal, se você precisa se atualizar, nada mais justo do que o seu banco fazer o mesmo.
Se você gostou das nossas dicas, não deixe de compartilhar. Caso tenha ficado com dúvidas ou gostaria de saber mais sobre o assunto, entre em contato conosco. Estamos sempre dispostos a conversar e trocar experiências sobre tecnologia e inovação.